O deputado socialista José Eduardo afirmou hoje, no Parlamento dos Açores, que o Plano e Orçamento para 2026 volta a ignorar as necessidades da ilha das Flores, criticando um Governo que “não executa, não cumpre e vive de anúncios repetidos”. Segundo o deputado, o documento apresentado “não passa de uma lista de intenções vazias, sem prazos, sem meios e sem resultados”.
Na sua intervenção, José Eduardo sublinhou que “as Flores merecem mais do que migalhas e desculpas”, denunciando que a taxa de execução dos investimentos na ilha tem sido sistematicamente baixa. O deputado acusou o Governo de apresentar “obras adiadas, projetos eternamente em revisão e promessas que nunca saem do papel”.
Entre os diversos exemplos citados, o socialista alertou para a falta de progresso em obras consideradas essenciais pelos florentinos, afirmando que “não se pavimentam estradas com PowerPoints, não se constroem portos com comunicados, não se resolve a habitação com anúncios”. Para o socialista, a falta de execução é especialmente grave em áreas como mobilidade, portos, estradas, proteção civil e respostas sociais.
O deputado acusou ainda o Governo de enganar as populações com anúncios sucessivos, referindo que “não basta lançar a primeira pedra – é preciso assentar a última”, denunciando também situações de falta de planeamento na educação e nas respostas sociais, sublinhando casos como o dos “professores fantasmas”.
José Eduardo recordou que “nunca houve tanta propaganda e tão pouca obra”, responsabilizando o Governo Regional por apresentar documentos que ignoram as necessidades reais das ilhas mais pequenas. “A ilha das Flores não pede privilégios. Pede respeito. E respeito significa cumprir o que se promete.”
O deputado concluiu que o Plano e Orçamento para 2026 “não dá respostas estruturais” e “compromete mais um ano de desenvolvimento”, afirmando que “as Flores não precisam de favores – precisam de investimentos executados e de um Governo que trate todas as ilhas com justiça.”
Horta, 24 de novembro de 2025